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Epifania dos Vinte e Oito

“Aquele que mover o mundo, primeiro se moverá.”

“Aquele que mover o mundo, primeiro se moverá.”

Epifania dos Vinte e Oito

18
Jan22

Snobismos à Parte

Pratico hoje, neste auto-retrato, o exercício de me despir dos habituais snobismos com que me habituei a cobrir — como se estes me conferissem qualidades intelectuais e me destacasse entre os demais semelhantes.

 

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Recentemente, dei por mim a questionar se o hábito de afirmar, com alguma presunção, que não reconheço graça no acto de tirar selfies, não será também um acto de vaidade e de um certo narcisismo. Apercebi-me de que alguns ilustres contemporâneos que eu muito admiro, e cuja inteligência me distância a largos passos, fazem coisas no mundo digital que eu normalmente condenaria, e que em nada comprometem a qualidade que fazem notar nas suas obras, ou nos seus feitos. Terei eu a empáfia de achar que também eles estão errados? Jamais! Hoje tenho a perspicácia de entender que talvez eles sim, se sintam mais livres do que eu afirmo ser. Não estarão eles, mais velhos, vivendo como jovens, e eu, mais jovem, vivendo como um velho?

Que necessidade é esta de me querer fazer diferente dos outros quando todos o são à sua maneira? Se considero a autenticidade uma qualidade mais nobre do que a peculiaridade, então que eu Seja, e não que pareça. Podemos pintar-nos da forma como bem nos aprouver, porém, a melhor aprovação não é daqueles que nos veem, mas sim daqueles que nos sentem.

Alguns clichés têm a sua razão de existir, como aquele que diz que o segredo da vida está no equilíbrio das coisas. Todo o meu trabalho é uma revelação, é uma revelação do que eu sou, do que eu sinto, do que eu penso, e do que eu vejo, e quem eu sou tem um rosto.

Tanta merda para publicar uma selfie.

30
Jun21

Ser Livre Numa Casca de Noz

Recentemente, no âmbito de uma formação, fui desafiado a reflectir e a partilhar que aspectos da minha vida precisariam ainda de ser trabalhados hoje, para viver a vida que eu idealizo amanhã. Enquanto passeava pelas Salinas do Samouco, sentei-me debaixo de uma árvore e escrevi a seguinte reflexão:

 

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Aos vinte e oito anos de idade, impulsionado pelo medo de chegar ao fim da vida e descobrir que não vivi, tomei a primeira de muitas decisões que vieram revolucionar esta minha breve passagem pelo mundo. Se até ao dia dessa grande decisão todas as minhas escolhas tinham sido orientadas pela razão, daí adiante a minha vida passou a ser orientada pela intuição.

Quando silenciei a minha mente para escutar a minha voz interior, que havia sido calada pelas exigências do mundo moderno, deu-se a descoberta de uma força avassaladora. Tornou-me mais genuíno, e resgatou o sentido da minha vida que tinha sido tomada pelo automatismo e pela velocidade frenética em que vivemos. Hoje tomo decisões guiado pela intuição, e só depois procuro a razão para explicar o que ela decidiu — o lado racional garante a sobrevivência, mas não garante a vida.

Quanto ao futuro, não faço grandes planos, deixo apenas fluir. Quanto maior a capacidade de escutar e sentir a nossa voz interior, menor o medo da viagem.

Se tenho sonhos? Apenas quando durmo. Acordado tenho desejos, e a minha maior ambição é trazer consciência a esse processo de desejar. Quando a fonte do desejo ganha uma expressão inconsciente passamos a viver em modo compulsivo, na incessante missão de satisfazer tais desejos, perdendo aos poucos a capacidade de observar e absorver a beleza da simplicidade da vida. Fugimos de nós próprios nessa busca obsessiva pelo prazer, tornando-nos escravos do desejo e prisioneiros dum ciclo vicioso.

Ao contrário do que nos vendem, prazer não é felicidade — se assim fosse seríamos todos felizes.

Quero depender cada vez menos da dimensão física para estar em paz comigo e com o mundo, para viver feliz e apreciar os pequenos detalhes da vida sem me apegar. Para isso, trabalho internamente para que cada vez mais me sinta como Hamlet gostaria de se ter sentido:

“Eu podia ser livre numa casca de noz, não importa o lugar onde eu esteja, o importante é a minha consciência.”

13
Mai21

Não Há Vida Sem Sementes

Durante toda a minha vida, surgiram no meu caminho algumas pessoas e acontecimentos que foram essenciais e determinantes para a minha formação enquanto ser humano. Embora pareça romantizar, todas essas coisas que na altura pareceram uma simples mistura de acasos e coincidências, e sem servir grande propósito, passaram hoje a ganhar um novo e profundo sentido. Foram sementes que o universo plantou no meu solo e que apenas hoje reuniram condições para germinar — o meu estado de consciência.

Para ilustrar este meu pensamento, uma dessas sementes de que falo é o livro Siddhartha de Hermann Hesse. Esta obra que guardo religiosamente, desde os meus treze anos de idade, fez parte do programa de Língua Portuguesa quando estudava no sétimo ano do ensino básico. Algo invulgar que se explica pelo simples facto de o professor que o introduziu, ter sido ao mesmo tempo professor de Filosofia noutras turmas do colégio onde tive o privilégio de estudar.

Este professor era uma pessoa com uma personalidade bastante peculiar, e não se limitava a injectar-nos informação nesta massa encefálica que todos nós transportamos. Tinha um humor característico, com uma pitada de ironia e de sarcasmo que por vezes utilizava, e com grande classe, para “reduzir um aluno à sua insignificância” — como várias vezes me sugeriu nas alturas em que eu desempenhava a minha voluntária função de bobo da corte em plena sala de aula. A sua maior habilidade era a de provocar as nossas crenças e a de estimular o pensamento crítico, para que nos conhecêssemos a nós próprios e soubéssemos qual o nosso lugar no mundo, ao mesmo tempo que nos ensinava o domínio da língua de Camões.

Esta sua forma peculiar de ensinar, era o modelo de ensino mais próximo daquilo que considero ideal para uma sociedade mais crítica, a fim de construir um mundo melhor e mais justo. Dentro do ensino tradicional vigente, este professor não se limitou a cumpri-lo, ele fez diferente e de uma forma tão elevada que influenciou fortemente a vida de vários alunos — não fui certamente o único tocado pela sua nobre arte de ensinar.

Em certo dia, numa das suas aulas, decidiu levar-nos para uma sala própria para o efeito, e colocou-nos a assistir ao filme O Clube dos Poetas Mortos. Quem já viu este filme, desconfiará certamente que esta sua aula foi mais uma semente que o professor me deixou. Considerei-o até hoje, um dos meus filmes de eleição, mesmo sem ter tido maturidade para absorver toda a sua profundidade e substância.

 

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Quinze anos depois, a viver um ano sabático, e no meio de um processo catártico, após uma experiência “traumática” que me fez colocar toda a minha vida em perspectiva, decidi voltar a viajar pelas folhas do religiosamente guardado, Siddhartha. Dessa vez com vinte e oito anos, e já alcançado os objectivos que havia planeado de acordo com os padrões da sociedade: formação académica; sucesso profissional; carta de condução; companheira; casa; carro. A clássica história que a maioria de nós algum dia desejou viver ou que ainda hoje deseja — em busca da felicidade que alguns dos nossos pais tanto tentaram, e falharam, com essa mesma fórmula que tanto nos venderam na esperança que tivéssemos mais sucesso. A mesma felicidade que desde a infância nos habituámos a ver em desenhos animados, anúncios publicitários, filmes e telenovelas.

A metamorfose que vivia agora fez-me desconstruir todo meu caminho e a deixar para trás tudo o que havia conquistado, pois tudo tinha e já nada me servia. Comecei a questionar quem eu era (será que alguma vez o tinha sido?), e a questionar todas as minhas escolhas até ao momento (será que foram minhas?). 

Ler o Siddhartha durante esse processo de mudança foi uma caminhada avassaladora, foi como levantar o véu de Maya e alimentar a fome de sentido e de verdade que eu andava a sentir. Trouxe-me lucidez e sobriedade após muitos anos de felicidade ilusória impulsionada pela embriaguez dos sentidos. Encorajou-me a começar de novo, a abandonar o velho Eu, e a conhecer os meus padrões; condicionamentos; sistema de crenças; e por fim, a desapegar-me de todos eles. Inspirou-me a descobrir a minha verdadeira essência, a buscar sentido entre o vazio, e a construir uma vida que servisse para mim.

Ainda nessa altura, senti-me motivado a contrariar o princípio que tinha de não ver filmes repetidamente, e, voltei a rever O Clube dos Poetas Mortos, curiosamente, lançado no ano em que nasci. Entre a premissa do Carpe Diem, e os trechos de poesia citados pelo professor Keating e os seus alunos, durante todo o filme, há uma passagem em particular que me tocou profundamente. No momento em que Neil Perry faz a abertura da primeira reunião do clube, na caverna, este cita Henry David Thoreau:

“Fui para os bosques viver de livre vontade; Para sugar todo o tutano da vida; Para aniquilar tudo o que não era vida; E para, quando morrer, não descobrir que não vivi.”

Recordo-me de ter pausado o filme para absorver o que acabava de ouvir. Foi algo arrebatador, pois apercebi-me que era precisamente aquilo que eu precisava fazer com a minha vida. Era a confirmação daquilo que a minha intuição ultimamente me sussurrava. Foi como um farol a iluminar o meu caminho, para que sombra nenhuma me fizesse recuar os passos que começava a dar nessa direcção, e, para eternizar esse momento, decidi tatuar esses versos no meu corpo, tal como um rito de passagem.

Esta relação com o filme estava apenas a começar.

Alguns dias depois, ocorreu-me o seguinte pensamento: se o filme conduziu-me a esta incrível mensagem de Henry Thoreau, esta mensagem terá de me conduzir à sua verdadeira fonte, pois nela beberei muito mais da sabedoria do autor. Eis quando descobri que o livro que Neil Perry citava na caverna se chamava Walden ou a Vida nos Bosques.

Em poucas palavras, pois teria de reservar mais tempo para fazer jus à importância deste livro, posso dizer que fiz na sua leitura a viagem mais incrível e transformadora de toda a minha vida. Um mágico trilho de quatrocentas páginas com uma descrição sensivelmente tocante sobre a flora e a fauna, dignas de um observador assíduo, fazendo analogias e criando metáforas com a condição humana.

Num único livro, escrito em 1846, encontrei uma alma livre, e um homem lúcido que aborda de forma crítica e sóbria temas, ainda hoje, tão actuais como: o capitalismo; o consumismo; o conforto; a desigualdade; a espiritualidade; os valores do trabalho; a desconexão do homem com a natureza; as fragilidades das identidades e relações humanas. Um homem que sem os rótulos do mundo contemporâneo em que muitos se tentam encaixar e consequentemente se dividir, era naturalmente espiritual, minimalista, ambientalista, vegetariano, todos esses nomes sonantes que se disseminaram nas mídias digitais e redes sociais.

Este livro conduziu-me a várias dimensões espirituais e a vários lugares do meu mundo interno. Fez-me querer experienciar uma vida simples, com apenas o essencial, mais perto e conectado com a natureza, e sobretudo, na companhia de mim próprio. Levou-me mais tarde a viver sozinho numa caravana durante cerca de um ano, tendo como principal objectivo a descoberta da palavra Solitude.

Embora céptico por experiência, considero-me um ser místico por natureza, tenho o talento inato de encontrar significado em cada sopro da vida. Se, por um lado, creio que não há sentido na vida além do simples acto de viver, e que, não viemos ao mundo com algum propósito ou missão por cumprir; por outro, creio que sem este misticismo e esta fome de ressignificar as coisas que nela acontecem, eu seria apenas uma alma vazia — uma vida sem poesia, é uma vida sem sabor.

Após estes quinze anos, desde a primeira aula que tive com este meu professor, o solo tornou-se fértil, e as sementes que outrora tinham caído, começaram finalmente a germinar. Agora sei porque reparei nelas, e por que razão as mantive guardadas durante muito tempo.

05
Abr21

Nada é Verdade

Cada vez mais acredito e sinto que nada surge por acaso no nosso caminho. Cada ganho e cada perda, sejam elas experiências ou pessoas, podem ter uma função didática na nossa vida — uma estrada de autoconhecimento.

Para o bem e para o mal, e até isso é uma questão de perspectiva, cada escolha, cada renúncia, cada acção, cada reação, cada experiência, e cada pessoa, traz-nos um ensinamento, sobretudo quando o objecto em si carece dessa pretensão. Muitas vezes, esses ensinamentos são apenas percepcionados anos mais tarde, como por exemplo a música que me inspirou a escrever esta reflexão.

 

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Nada é verdade é o nome de uma música na qual participei com a criação do instrumental, e que conta com a letra e voz de um grande amigo. Foi o single de lançamento de um álbum que desenvolvemos em conjunto, também com o mesmo nome, e que lançámos em 2016. Naquela altura já era um dos temas do álbum que mais admirava, mas só hoje entendo a verdadeira razão dessa admiração. Vai muito além da sua estética sonora. Eu fui verdadeiramente tocado pela sua mensagem e, se na altura a compreendia num sentido literal, hoje sinto-a num sentido metafísico. Sinto-a como se sobre mim falasse, e como se tais palavras tivessem sido escritas pelas minhas próprias mãos. 

A metamorfose que se deu na minha vida aos vinte e oito anos trouxe-me a um lugar em que esta música passou realmente a fazer-me sentido. Foi como uma semente que sorriu para mim para que eu a guardasse, e para que mais tarde, no momento certo, pudesse finalmente germinar. Mas sobre sementes falarei noutra altura.

Este é o poder da arte, em que a interpretação de uma obra transcende o sentido original do seu criador a partir do momento em que ela é partilhada.

Voltando ao cerne desta minha reflexão.

Admito a possibilidade de que esta minha ideia seja uma tentativa vã de romantizar a vida para justificar a minha fome de sentido. Se assim for, prefiro alimentar essa fome para que não seja vencido por um qualquer tipo de niilismo que possa crescer dentro de mim. Pode parecer paradoxal, mas é o facto de saber que a vida não tem sentido, e que nós não temos nenhum propósito ou missão, ou como lhe preferirmos chamar, que me faz escutar e observar os sinais do universo e interpretá-los de uma forma que dê brilho e riqueza a esta minha breve passagem pelo mundo. Enquanto realizo essa prática e essa busca, reflete-se naturalmente nas minhas ações, no meu temperamento, na minha conduta, e todos à minha volta beneficiarão disso, inclusive eu próprio, porque a vibração que eu emano para fora retornará para dentro. É essa mesma busca que me dá o entendimento de que, tal como tudo na natureza, eu nasci para viver em simbiose e não como parasita.

Se existirá vida depois da morte? Se a “minha” alma reencarnará noutro corpo? Não sei, duvido de quem saiba e tampouco me importa. Embora o questionamento seja para mim uma prática diária, não são essas as questões que me ocupam. Viverei a ressignificar a vida no presente e enquanto ainda respiro, apenas para não enlouquecer e/ou viver refém da minha própria sombra. 

“O contrário da morte não é a vida, é o nascimento. Vida é o que existe entre esses opostos.” Eduardo Marinho

Ainda que não acorde todos os dias a pular de alegria, sou inteiramente interessado e fascinado pelo que é vida, e tudo o que me importa é tentar compreendê-la e amar todas as suas formas. Quanto à morte, não a temo mais, contudo, respeito-a. Saber da sua existência faz-me interessar ainda mais pelo que é vida. Trabalho internamente a sua aceitação e converto-a em combustível para viver, e não para sofrer — ela é, e carrega, apenas mais um ensinamento.

Dale Carnegie citou, no seu best-seller Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, uma frase de William James: “O princípio mais profundo da natureza humana é a fome de reconhecimento.” Embora subscreva esta sábia afirmação, eu trocaria a fome de reconhecimento pela fome de sentido. 

Ainda que nada seja verdade, esta é a minha verdade e a que me mantém vivo.

04
Fev21

Sou, Com Certeza, Uma Guitarra Portuguesa

Aqui há dias fui surpreendido com uma mensagem de um ex-professor, por quem nutro uma enorme consideração. Deu-me aulas de som no secundário e é hoje um guitarrista inteiramente dedicado ao Fado. Em conversa, por mensagens, confidenciei-lhe a minha admiração por saber que tocava um instrumento que tenho tatuado no peito e que, embora eu não o saiba tocar, uso-o como metáfora para descrever a minha natureza humana. Algo que o motivou a perguntar de que forma via eu a Guitarra Portuguesa para esse efeito.

 

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Eis a resposta:

Para mim, a Guitarra Portuguesa emite um som naturalmente triste e melancólico. Nenhum outro instrumento consegue conduzir, tão harmoniosamente, um poema triste até às profundezas da nossa alma. É tão rica na sua sonoridade como a nossa língua no seu vocabulário, característica que faz com que ambas consigam expressar com maior rigor os nossos sentimentos e as nossas emoções. Nem nos seus momentos solitários, na ausência de um poema, ela perde essa sua capacidade de expressão. Fechar os olhos e ouvir um solo de Guitarra Portuguesa, é ouvir uma história, é sentir uma vida. Quem nunca se deliciou a ouvi-la nas mãos do homem dos mil dedos, Carlos Paredes?

Apesar dessa condição característica, é também possível a partir dela expressar ou sentir (na minha condição de ouvinte) a nossa alegria, conforme se verifica em alguns Fados. No entanto, até nessa expressão alegre encontro resquícios de tristeza. Talvez se explique com a insegurança e a incerteza com que viviam os portugueses nos tempos em que o Fado ganhava forma.

Essa “Tristeza Alegre” é uma espécie de coquetel chamado Saudade, sentimento característico de um povo nostálgico e crente no destino. Ao contrário da visão comum da época, não creio no destino enquanto espectador de um caminho já traçado — o meu fado é apenas e simplesmente a hora da minha morte. Até que ela chegue, faço da Saudade a minha alegria nos raros momentos de tristeza. Vejo na Saudade uma incrível sabedoria, pois ao contrário de tudo na vida, que tendemos a qualificar como positivo ou negativo, ela não é passível de ser qualificada. A Saudade é recordar com gratidão o passado que foi e que não voltará a ser.

Sentir tudo de todas as maneiras,

Viver tudo de todos os lados,

Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo, […]

(Álvaro de Campos)

A Guitarra Portuguesa mostra-me como existe beleza na tristeza e como é importante aceitá-la e acolhê-la como parte da vida. Enquanto a sua chama dura, podemos aprender com ela, ressignificá-la e até usá-la em benefício da nossa criatividade. Estar triste não é ser-se triste, assim como estar alegre não é ser-se alegre — são ambos momentâneos, nada têm que ver com a felicidade.

“A alegria e o sofrimento são inseparáveis como compassos diferentes da mesma música.” (Herman Hesse)

 

 

Fotografia: Nuno Cacho c/ Slow J no Coliseu dos Recreios (Super Bock em Stock 2019)

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