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Epifania dos Vinte e Oito

“Aquele que mover o mundo, primeiro se moverá.”

“Aquele que mover o mundo, primeiro se moverá.”

Epifania dos Vinte e Oito

10
Jul23

Pequeno Livro Verde

Estou de regresso a este meu canto literário, cujas minhas visitas se tem revelado reduzidas, dado o tempo que tenho dedicado ao meu ofício de artes visuais. Não tem sido fácil encaixar a escrita, que se revela para mim tão urgente, tanto quanto o meu trabalho de colagens, nos dias que para mim se tem tornado cada vez mais curtos. Porém, hoje encontro uma brecha para escrever sobre algo com que fui abençoado na terça-feira passada.

 

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No passado dia 3 de Julho, preparava calmamente uma modesta mala para pernoitar perto da deslumbrante Serra de Aire, a fim de celebrar mais uma volta ao sol. Na mochila pessoal, que anda comigo diariamente, tinha já um livro que andava a ler nos últimos dias, O Conceito de Angustia de Søren Kierkegaard, no entanto, embora esteja alinhado com o meu estado de espírito nos últimos tempos, achei que seria demasiado pesado para uma celebração. Fixei por um breve instante o olhar na minha, ainda pequena, estante de livros, imaginei as características do lugar para onde iria viajar, reflecti sobre uma recente conversa que tive com a minha namorada, que me acompanhou nesta viagem, em que me falava sobre minha possível necessidade de me reconectar, uma vez mais, com a natureza, e peguei num pequeno livro verde que trouxe do Brasil, que tem como nome, Futuro Ancestral.

No final da manhã, após chegar ao local onde iria ficar hospedado, na freguesia de Minde, em Alcacena, decidi simplesmente passar a tarde deitado numa espreguiçadeira, junto à piscina, com vista para a serra, a observar a coreografia das andorinhas no céu azul, a alimentar o corpo de vitamina D, e a alimentar a alma com o silêncio da natureza. Não peguei no livro.

No dia seguinte, aproveitei a manhã para visitar as majestosas Grutas de Mira de Aire. Estava receoso, mas determinado, pois haviam-me dito que o percurso se fazia numa descida com cerca de setecentos degraus, e embora caminhe pelas minhas próprias pernas, ainda tenho mobilidade reduzida. Superado o desafio com sucesso, entrei no carro para contemplar a Serra de Mira de Aire sob várias perspectivas, enquanto conduzia até Porto de Mós para finalmente conhecer o Castelo de D. Fuas Roupinho — já o havia avistado de longe, em outras viagens, e tinha ficado intrigado com as suas verdes cúpulas piramidais. Não peguei no livro.

Terminada a visita ao castelo, perto das dezassete horas, discutia com a minha namorada sobre o que mais poderíamos visitar naquela tarde antes de regressar a Lisboa. Eis quando ela pega no seu telemóvel e recebe uma mensagem da sua mãe, a dizer que se dirigia até ao edifício da Culturgest em Lisboa, para assistir a uma conferência no âmbito do festival Inside Out, em que o convidado principal era o Ailton Krenak (o autor do pequeno livro verde). O evento começaria dentro de uma hora e meia, era precisamente o tempo de viagem estimado que o gps nos indicava. Olhámos um para o outro, com tamanha surpresa e entusiasmo, e percebemos que o que poderíamos ainda visitar naquela tarde, não estava nos arredores de Porto de Mós, mas sim em Lisboa.

A meio da viagem fomos informados de que estava uma imensidão de pessoas na fila, que a sala onde iria decorrer a conferência já estava lotada, e que estavam a estudar uma solução para conseguir acolher todos os que aguardavam por aquele momento. Algo que não nos surpreendeu quando soubemos que o auditório para o efeito dispunha de apenas 145 lugares. É no mínimo irónico, a organização supor que pouco mais de cem pares de ouvidos estariam interessados em escutar a incrível sabedoria das palavras de Ailton Krenak. 

Chegámos ao edifício da Culturgest, depois de cem quilómetros de viagem, e percebemos que a solução que encontraram foi abertura de uma pequena sala com a transmissão da conferência numa televisão de trinta e duas polegadas, deixando ainda de fora uma quantidade considerável de pessoas, incluindo nós. Decidimos então sair do edifício para tomar um café ali perto, enquanto esperávamos a mãe da minha namorada, que assistia à conferência na tal pequena sala.

Quando voltámos à Culturgest, uma hora depois, apercebi-me que estavam pessoas sentadas numas escadas, a ver também a conferência numa pequena televisão instalada no acesso ao hall de entrada do auditório. Juntámo-nos a elas para ver os últimos vinte minutos da conversa, e decidimos aguardar pela saída de todos os que se encontravam no auditório, na esperança de conseguirmos ver o Krenak. Peguei no livro.

Apesar de não ter tido a felicidade de assistir à conferência como tanto desejaria, saí do edifício da Culturgest com um abraço espirituoso do Ailton Krenak, com a imagem do seu sorriso, e com uma dedicatória sua escrita no meu livro verde, juntamente com uma árvore que o próprio desenhou enquanto conversávamos.

Este testemunho não é sobre um autógrafo de um escritor num exemplar adquirido por um fã, até porque Ailton Krenak não é um escritor no verdadeiro sentido da palavra. A trilogia de livros que lançou pela editora Companhia Das Letras são um aglomerado de textos elaborados a partir dos seus discursos, e das suas intervenções públicas, no âmbito do seu notável trabalho enquanto activista na luta pelos direitos dos povos indígenas, e pela preservação do meio ambiente. 

Krenak possui uma enorme capacidade como orador, consegue tocar no mais íntimo da nossa consciência com uma incrível sabedoria, e com todo o seu conhecimento ancestral, de uma forma tão clara, humilde, e tão leve ao ponto de nos conseguir arrancar um sorriso no meio do caos. Krenak representa para mim a esperança de que ainda é possível desacelerar e voltar a por os pés na terra, a ponto de vivermos em simbiose com a natureza e assim trazer um pouco mais de equilíbrio ao mundo. 

Como grande admirador do seu trabalho e da sua essência humana, recebi a sua dedicatória no meu livro, e o seu abraço, como uma enorme bênção, e como um sinal do universo lembrando-me de abraçar árvores, para não me esquecer de que eu também sou natureza, não estou separado dela.

Quando tirei o livro da estante para colocar na mala de viagem, no dia anterior, jamais imaginaria que no dia seguinte iria viver esta privilegiada experiência. Não sei se foi o destino, ou se foi o acaso. O que eu sei, é que a vida está cheia de bonitas coincidências, e alegra-me significá-las. 

PS:. Ambos trazíamos vestidos umas calças pretas e uma camisa verde.

 

24
Nov21

Uma Agrofloresta à Minha Janela

No dia 5 de Agosto, numa quinta-feira, decidi passar grande parte do meu dia na agrofloresta de Campolide, curiosamente, situada frente à janela da sala da casa onde cresci e vivi maior parte da minha vida. É verdade que já lá estive várias vezes, em visitas curtas e pontuais, mas, esta foi a primeira vez que fui por inteiro, sem horas contadas, tendo como único propósito, conhecer este projecto com maior profundidade.

 

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Fotografia: Bela Flor Respira - Agrofloresta de Campolide

 

Numa pequena encosta, entre as portas do viaduto Duarte Pacheco, que dá acesso a uma autoestrada muito movimentada, e as traseiras de uma fila de prédios juntos na horizontal, no Bairro da Bela Flor, o dia começa com a leveza, e com a serenidade que podemos encontrar numa floresta.

Num lado da encosta temos o reflexo da agitação da cidade, sustentada por um gigante aglomerado de carros, conduzidos por pessoas que vivem numa velocidade frenética para fazer cumprir horários. No outro, temos um resquício da tranquilidade de uma aldeia, devido aos costumes trazidos de outros tempos, e dos ambientes rurais de onde vieram os mais velhos habitantes do bairro.

No meio temos a virtude, a agrofloresta de Campolide, um pedaço de terreno baldio que foi reaproveitado por um grupo de entidades, que se uniram para fazer a ponte entre ambos os lados. Nas gerações anteriores, este lugar já serviu de casa, de garagem, de fonte de alimento, e com o passar dos anos, acabou esquecido e abandonado.

O projecto Bela Flor Respira, conseguiu através da revitalização deste espaço, regenerar, não apenas o seu solo, mas também o sentido de comunidade que começava a dissipar-se pela pressão dos tempos modernos, e pela evolução tecnológica que nos empurra cada vez mais para a nossa esfera privada.

Essa pressão, leva-nos pouco a pouco, a perder competências sociais, e a desconectar-nos da nossa natureza humana. É certo que, a própria localização e estrutura do bairro, conferem naturalmente uma certa resistência a essa pressão da vida contemporânea. É um local pequeno, com espaços verdes em abundância, com uma vista privilegiada para o Monsanto, e cujo acesso de carro se faz por uma única estrada que termina num beco sem saída ­— um pormenor que potencia uma maior aproximação entre vizinhos, e faz da rua um lugar seguro para as crianças brincarem livremente, algo que eu considero um luxo dentro de uma capital europeia.

No entanto, estas vantagens por si só, não são suficientes para a preservação de certos valores. Como morador há mais de vinte e cinco anos, sei por conhecimento empírico que é fácil esquecer-nos do privilégio que é viver neste lugar. Tendemos a almejar o que existe para além da nossa casa, e, apenas quando o outro vê ouro no nosso tecto, nos lembramos de olhar para cima.

Aqui, entram em cena um grupo de dinamizadores, com pouca ou nenhuma relação com o bairro, e que reconheceram nele, potencial para desenvolver e aplicar um projecto-piloto, que consiste em transformar espaços verdes da cidade em florestas que geram alimento. Assim reabriram as portas do bairro ao resto do mundo.

O Joaquim, com a aparência de um viking, e a sabedoria de um nativo, é o responsável pela introdução das técnicas de agricultura sintrópica utilizadas na agrofloresta, e pela partilha desse mesmo conhecimento com o resto da comunidade, e com todo e qualquer entusiasta que por lá passe.

Se há três anos poderíamos encontrar neste lugar várias espécies de resíduos, entenda-se lixo, hoje podemos encontrar várias espécies hortícolas, frutícolas e também ervas aromáticas.

Na agricultura sintrópica, além de se privilegiar a manutenção e reintrodução de espécies nativas, as culturas cultivadas são combinadas umas com as outras em linhas paralelas, de forma a aproveitar as diferentes características desta associação e do terreno. Neste tipo de agricultura, aparentemente desorganizada, evita-se criar espaços vazios entre culturas, para maximizar o processo de fotossíntese que torna o sistema mais vigoroso.

Também não se usa herbicidas e insecticidas, pois ao contrário da agricultura tradicional, os insectos e organismos vivos são vistos como auxiliares na sinalização de possíveis deficiências do ecossistema produtivo. Os resíduos resultantes da poda das árvores e arbustos, técnica de aceleramento do processo de sucessão natural, são reaproveitados para alimentar o solo com nutrientes. O que também é devolvido ao solo são os resíduos que sobram das colheitas, isto faz com que se verifique um enriquecimento do solo à medida que o ciclo da cultura avança. Como diria Lavoisier, aqui nada se perde, tudo se transforma.

Primeiro estranhou-se a presença deste grupo no bairro, mas foi a Cátia Sá quem entranhou a presença do projecto na vida dos moradores, sobretudo nas crianças que tanto adoram estar em seu redor. É a pessoa responsável pela parte social do projecto e faz todo o sentido que a tenham escolhido para fazer a ponte entre ele e a comunidade.

A Cátia é um espírito selvagem, isto é, uma pessoa de natureza livre, que questiona as convenções sociais. A única regra com que se rege, é a de que cada passo seu esteja alinhado com as intenções da sua alma. Dotada de uma imaginação incrivelmente fértil, parece às vezes pertencer a um outro mundo, um mundo onde é impossível conceber uma visão estritamente racional, como a que tendemos a criar naquele em que vivemos, e onde tentamos definir e categorizar todos os aspectos da vida – erro que eu próprio cometi ao tentar perceber a sua idade, algo que ainda hoje não sei, e que tão pouco importa. Quando olho para a Cátia vejo a curiosidade de uma criança, a determinação de um adulto, e a serenidade de um idoso, vejo todos eles num só ser.

Estas suas características fizeram-na naturalmente atrair algumas das pessoas do bairro, procurando, escutando e acolhendo, com toda a sua simplicidade, as aspirações e inquietações das suas almas. Foi assim que a conheci, há um ano atrás, enquanto passeava o meu cão perto da agrofloresta, e quando finalmente fiquei a saber o que fazia, um grupo de “estranhos”, nas traseiras do meu prédio, para onde eu olhava com desconfiança através da janela da sala. Na posição de morador de um bairro social, e de quem já colaborou e fundou projectos comunitários, posso garantir-vos que é na falta destas qualidades que falham muitos projectos.

De manhã, quando cheguei à agrofloresta, dei conta de um movimento acima do habitual, algo comum nos dias em que decorrem actividades especiais com outros parceiros. Neste caso, eram os Jardins Abertos, festival que abre os portões dos jardins mais belos da cidade de Lisboa, tal como se descrevem, e que lá estavam a recolher imagens e informações.

A primeira pessoa que encontrei foi a Isabel, recebendo-me com o seu habitual e genuíno sorriso que faz qualquer pessoa se sentir em casa. A Isabel é voluntária na agrofloresta de Campolide desde que este se materializou no território, e parece-me também ser o braço direito da Cátia nesta ponte com as pessoas. Quando a vi, estava a conversar com a Dona Jacinta, uma das mais antigas moradoras da Bela Flor, e também frequentadora deste espaço onde partilha as suas histórias em troca de folhas de chá. Sem saber ainda para onde me direccionar, juntei-me a elas na conversa por algum tempo.

Conheci a Isabel precisamente no momento em que a Cátia me abordou pela primeira vez. Gosta muito de abraços e de histórias de vida, e a sua já deu muitas voltas, mas nem por isso deixa de viver cada dia como se fosse o primeiro. Questiona constantemente a vida, com o intuito de descobrir mais sobre si, e sobre qual a sua missão. Nessa descoberta, entende que o seu propósito é encontrar projectos que já estejam no terreno, com ou sem dificuldades, que acredita serem impactantes e alinhados com a sua visão de mundo, e depois perceber de que forma pode colaborar e acrescentar para que estes arranquem, ou se direccionem no caminho certo.

Estávamos junto à entrada da horta da Fátima, moradora do bairro, e que tem no mesmo espaço um cantinho seu devidamente vedado. Nele cultiva alguns alimentos com as técnicas de agricultura tradicional, embora hoje já aplique alguns dos métodos que aprendeu na agrofloresta. Neste pormenor, podemos verificar de como este projecto é inclusivo e comunitário, pois quando se instalaram no bairro, fizeram-no de forma a respeitar a integridade deste espaço, e de forma a potenciar o que já lá existia.

A Fátima estabeleceu uma relação de confiança com os dinamizadores do projecto, de tal modo, que lhes entregou as chaves de acesso ao seu quintal, para que pudessem ter mais espaço para guardar material, e para também regarem as suas culturas durante a sua ausência, uma vez que actualmente se encontra fora do país por questões de saúde.

Fiquei a saber tudo isto em conversa com a Isabel, dentro da vedação, e depois de a minha curiosidade se ter manifestado ao ver a Cátia entrar para fazer a tal rega. A Isabel tinha entrado logo a seguir para colher umas folhas de couve para a Dona Jacinta, e eu aproveitei a boleia ao mesmo tempo que lançava algumas questões com a vontade de saber mais. Começámos a falar sobre o quintal da Fátima, e usando as couves como metáfora, passámos por questões sobre permitir-nos, além de semear, colher experiências para nutrir a nossa alma, e por último, acabámos a falar sobre o amor.

Ainda durante a manhã, um pouco antes do almoço partilhado, do qual não pude estar presente por motivos profissionais, fui convidado a dar o meu testemunho sobre o projecto para uma das câmeras da organização dos Jardins Abertos.

Depois de almoço, quando regressei à agrofloresta, fui ter com a Cátia à capela (espaço cedido pela cooperativa da Bela Flor), tinha combinado acompanhá-la nas actividades da tarde com as crianças, e por quem já estava rodeada quando lá entrei. Estavam todos reunidos numa mesa redonda, de tampo branco cuja cor mal se via, coberta de tintas, e de pedaços de madeira doados pela junta de freguesia de Campolide, que estavam a ser pintados para servirem placas de identificação para as plantações.

Sentei-me confortavelmente entre elas, observando atentamente o entusiasmo pelo que faziam, e comecei a conversar com a Cátia, missão dificultada pela natural agitação das crianças, cujas vozes se sobrepunham enquanto disputavam pela sua atenção. Ainda assim, fiquei a saber mais sobre projecto na sua perspectiva enquanto dinamizadora comunitária, e ainda rendeu uma interessante conversa sobre o impacto das redes sociais nas relações humanas.

Concluídas as placas de identificação, e arrumada a sala de actividades, eis o momento mais aguardado pelas crianças, a hora da piscina. Na agrofloresta, para onde voltámos, mais especificamente no quintal da Fátima, existe um alguidar laranja, e uma banheira branca de bebé, que são usados no verão para servirem de piscinas, algo que é já uma tradição para elas. Se ambos os objectos parecem demasiado pequenos para albergar cinco crianças, a criatividade delas faz tudo se tornar possível, ora à vez, ora à mangueirada, enquanto fazem também a rega habitual. Nada parece impedi-las de brincarem, e de se refrescarem na água nestes dias de intenso calor. Assim se alimenta o solo da terra, e a alma destas crianças.

Entretanto, decidi caminhar e conhecer melhor os cantos da casa por minha iniciativa. Foi quando avistei o Alessandro, que se encontrava a reforçar a estrutura, feita de canas, que assegura o crescimento saudável do Tomateiro. O Alessandro, que está para o Joaquim como a Isabel está para a Cátia, nasceu no Brasil, e já viveu em vários lugares do mundo. Actualmente, vive em Portugal com a sua companheira, lugar que escolheu para se reconectar consigo mesmo e viver uma vida mais consciente. Quando descobriu a agrofloresta, inspirado pela sabedoria do Joaquim, descobriu também um lugar onde poderia potenciar esse reencontro com a sua natureza interior, acabando por se tornar um voluntário assíduo neste projecto, onde o podemos encontrar todas as quintas-feiras.

Já me tinha cruzado com ele nas minhas curtas visitas, mas nunca ultrapassámos a linha do cumprimento, parecera-me alguém muito introspectivo. Naquela tarde, Intrigado pelo seu estado de presença, e pela atenção que dedicava à sua tarefa, aproximei-me para saber mais sobre o que fazia. Eis que a conversa se estendeu por cerca de uma hora, algo de que nos apercebemos já no final do dia, apenas por sinal da Cátia que começava a arrumar o material.

Foi muito fácil conectar-me com o Alessandro, e por isso, o tempo voou enquanto dissertávamos sobre a vida. Revi-me em muitas das suas questões, numa conversa de tal maneira rica que só poderia ter com alguém dotado de tamanha sensibilidade, e de tamanha presença como aquela que me revelou.

Depois deste meu testemunho, sobra-me muito poucas palavras para fazer uma conclusão à altura deste projecto. Se tivesse que definir a agrofloresta de Campolide numa frase, diria que é um lugar onde a natureza é soberana, e onde a energia humana se eleva.

 

Para conhecer mais sobre este projecto podem visitar o site.

 

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